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AMEIAMEI FODAFODA

Do Repente ao Rap: A Riqueza da Tradição Nordestina e sua Influência no Rap

O Brasil é um país de vasta diversidade cultural, e essa riqueza se manifesta em sua música, literatura e formas de expressão. Uma das tradições mais marcantes do Nordeste brasileiro é o repente, um estilo de improvisação poética e musical que tem raízes profundas na cultura da região.

Neste artigo, exploraremos o mundo do repente nordestino, desde sua variedade de estilos até seu impacto na cena do rap brasileiro.

Este texto foi elaborado com base nas informações contidas no estudo intitulado “De Repente o Rap na Educação do Negro: O Rap do Movimento Hip-Hop Nordestino como Prática Educativa da Juventude Negra”, desenvolvido por Valmir Alcântara Alves, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba, vinculado ao Centro de Educação.

O Repente no Nordeste

O repente é uma tradição que remonta a séculos, e é uma forma de improvisação poética e musical. É comum encontrar cantadores de repente em feiras, festas e eventos culturais por toda a região Nordeste do Brasil. Os cantadores criam versos sobre temas variados, muitas vezes desafiando uns aos outros em duelos poéticos conhecidos como “cantorias”.

Diversidade de Estilos

Um aspecto fascinante do repente nordestino é a variedade de estilos que ele abrange. Desde a sextilha até o martelo agalopado, cada estilo apresenta um número específico de versos e sílabas, bem como um esquema de rimas único. A complexidade desses estilos demonstra a riqueza da tradição do repente, que continua a evoluir e se adaptar ao longo do tempo.

O Repente e o Rap Brasileiro

Embora o repente seja uma forma de expressão artística tradicional, ele influenciou profundamente a cena do rap brasileiro. Muitos rappers brasileiros incorporam elementos do repente em suas músicas, seja através da técnica de improvisação ou da incorporação de rimas e métricas características do repente em suas letras. Essa fusão de estilos é uma das razões pelas quais o rap brasileiro é tão diversificado e rico em sua expressão.

A riqueza cultural do Brasil é um caldeirão de influências que se misturam e se reinventam ao longo dos anos. Do Nordeste brasileiro, onde as tradições dos poetas repentistas são profundamente enraizadas, surge uma conexão surpreendente entre o repente e o rap.

Exploraremos como o improviso na rima e a cultura do repente estão deixando uma marca indelével no cenário do rap brasileiro. Além disso, destacaremos a figura do MC e DJ recifense Tiger e sua jornada na incorporação do repente no rap, juntamente com outros artistas como Zé Brown. Essa fusão cultural demonstra como as raízes do Nordeste estão se entrelaçando com a contemporaneidade, enriquecendo ainda mais a expressão artística brasileira.

O Repente no Rap Nordestino

No Nordeste brasileiro, a tradição dos poetas repentistas sempre esteve presente, criando um solo fértil para a fusão do repente com o rap. Não é surpreendente que o improviso na rima tenha encontrado espaço para se somar às outras formas de improvisação já presentes, desde o Maranhão até a Bahia. Essa convergência de estilos cria uma sinergia única que desafia as fronteiras da expressão artística.

Influências e Paralelos

As influências da cantoria nordestina são evidentes nas apresentações dos rappers. A habilidade de imitar instrumentos musicais com a boca, uma característica dos emboladores e cantadores, tornou-se um elemento importante na cultura do rap.

A técnica do beatbox, que evoluiu para estabelecer um diálogo com o som das pick-ups manipuladas pelo DJ, é um exemplo de como as tradições culturais podem se fundir e evoluir.

Raízes do Repente no Brasil

A tradição do repente no Brasil remonta a tempos anteriores à colonização portuguesa. Os nativos já se reuniam em rodas ao redor de figuras como o pajé, que desempenhava o papel de um oráculo e guardião da memória coletiva.

No período colonial, surgiram poetas como Gregório de Matos, que podem ser considerados cantadores. Esses artistas compunham e acompanhavam suas canções na viola, o que estabelece uma conexão direta com a tradição do repente. A viola, o pandeiro, o ganzá e a rabeca eram os instrumentos mais utilizados nesse contexto, sendo o pandeiro especialmente notável por seu papel rítmico na embolada.

O Pandeiro: Coração da Expressão Musical

O pandeiro é um instrumento de percussão amplamente utilizado na poesia vocal nordestina. Sua estrutura circular, com uma pele esticada sobre um aro de madeira, é marcada por aberturas laterais que abrigam placas de metal conhecidas como soalhas ou platinelas. Quando tocado manualmente, essas placas vibram, criando um som característico.

No repente, os emboladores fazem uso do pandeiro de várias maneiras, incluindo golpes vigorosos que interrompem temporariamente a performance, conhecidos como breques, e o uso das platinelas para pontuar a recitação poética. Esses efeitos sonoros contribuem para a expressividade da poesia vocal nordestina.

O DJ e o Toca-Discos no Rap

No rap, os DJs e toca-discos desempenham um papel fundamental na criação do suporte sonoro. As pick-ups e o mixer são os instrumentos utilizados para reproduzir e manipular sons, incluindo o icônico efeito de scratch, obtido pelo atrito da agulha contra o vinil.

Os DJs colaboram com os MCs, criando batidas e colagens sonoras que pontuam as recitações poéticas. Essa colaboração entre o DJ e o MC enriquece a experiência musical do rap, assim como o pandeiro faz na embolada.

Apelidos e Identidade Artística

Tanto no repente quanto no rap, os artistas frequentemente adotam apelidos como parte de sua identidade artística. Esses apelidos podem ser inspirados na natureza, em animais, em características pessoais ou em influências culturais. Eles se tornam uma espécie de “nome artístico” que reflete a personalidade e o estilo do artista, adicionando uma camada de profundidade à sua expressão artística.

Confluência

A confluência entre o repente e o rap no Brasil é um exemplo fascinante de como as tradições culturais podem se unir e evoluir ao longo do tempo. O pandeiro e os toca-discos desempenham papéis semelhantes na criação do suporte sonoro, enquanto os apelidos são uma maneira de os artistas expressarem sua identidade artística.

A música é uma linguagem universal, e essa fusão de estilos é uma celebração da diversidade cultural do Brasil e da criatividade artística que dela emana.

Vamos analisar como a voz e o pandeiro na embolada se comparam à técnica do beatbox no rap, destacando sua importância na produção de sons e na interação com a plateia. Além disso, discutiremos o uso criativo de apelidos e como os artistas de ambas as tradições incorporam elementos do cotidiano e da cultura popular em suas performances.

Esta análise nos ajudará a entender como a embolada-rap se tornou uma forma de expressão única que abraça a diversidade cultural do Brasil.

A Voz na Embolada e o Beatbox no Rap

Tanto na embolada nordestina quanto no rap, a voz desempenha um papel fundamental na criação de sons e ritmos. Enquanto os emboladores recorrem ao pandeiro para criar ritmos, os rappers utilizam a técnica do beatbox para produzir sons semelhantes às bases sonoras eletrônicas. Essa técnica permite que os MCs imitem uma ampla gama de sons, desafiando-se uns aos outros ou interagindo com o público. A voz se torna uma ferramenta versátil para contar histórias e transmitir mensagens, não apenas por meio das letras, mas também por meio dos sons criativos.

Desafios e Improvisos na Poesia Vocal

Tanto na embolada quanto no rap, os artistas enfrentam desafios e improvisos em suas performances. Os emboladores podem dirigir seus improvisos ao parceiro ou à plateia, muitas vezes de forma laudatória, satírica ou provocativa. Essa interação dinâmica com a plateia é fundamental para a aceitação e o reconhecimento dos emboladores. No rap, os desafios e improvisos são evidentes nas batalhas de improviso na rima, onde os MCs competem para demonstrar sua habilidade poética e improvisação.

Apelidos e Identidade Artística

Tanto no rap quanto na embolada, os artistas frequentemente adotam apelidos que refletem sua identidade artística. Esses apelidos podem ser inspirados na natureza, em animais, em características pessoais ou em influências culturais. Eles se tornam uma espécie de “nome artístico” que ajuda os artistas a se destacarem e a expressarem sua personalidade e estilo únicos.

Incorporação da Cultura Popular e do Cotidiano

Artistas de ambas as tradições incorporam elementos da cultura popular e do cotidiano em suas performances. Eles transformam eventos e notícias do dia a dia em poesia, tornando a realidade mais palpável e intensa para o público. Essa habilidade de transformar a vida cotidiana em arte é uma característica marcante da embolada e do rap.

Os Pioneiros do Hip-Hop no Nordeste

No Nordeste brasileiro, o movimento Hip-Hop começou a dar seus primeiros passos nos anos 1980, com a ascensão dos break-boys. Esses jovens, inspirados pelo breakdance, começaram a multiplicar-se rapidamente, principalmente nas grandes cidades da região, como Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Esse movimento não apenas incorporou elementos da cultura Hip-Hop, mas também absorveu influências das tradições culturais locais.

A Fusão de Elementos Culturais no Hip-Hop Nordestino

Em São Luís do Maranhão, a cultura afro-indígena, representada por expressões poético-musicais como o tambor de crioula e o bumba-meu-boi, influenciou não apenas o reggae da ilha, mas também se incorporou às manifestações locais do break e do Rap. A banda maranhense Tribo de Jah, por exemplo, enriqueceu seu roots reggae com elementos do coco de embolada, evidenciando como o Hip-Hop na região incorporou as tradições culturais locais.

A Comunidade da Rima e o Flerte com as Raízes Nordestinas

Grupos cearenses como a Comunidade da Rima, em Fortaleza, exploraram suas raízes nordestinas, mesclando elementos do Hip-Hop com linguagens como o baião, o forró e a poesia dos cantadores de viola. Essa fusão criativa levou a uma nova forma de expressão artística que incorpora as tradições culturais da região, como exemplificado pelas palavras do poeta cearense Patativa do Assaré.

O Impacto do Hip-Hop em João Pessoa

Em João Pessoa, o movimento Hip-Hop teve início na década de 1980, inicialmente impulsionado pelo breakdance. Os pioneiros, como Valmir Vaz, Dinarte da Nóbrega e Fábio Palmeira, formaram o grupo Elétricos Break, marcando o início do movimento na cidade. O Hip-Hop se desenvolveu em meio a práticas inovadoras e se tornou um espaço de expressão para jovens com diferentes visões e aspirações.

A Fusão de Dança e Rap em João Pessoa

Em 1989, o movimento Hip-Hop em João Pessoa alcançou um marco significativo com a gravação do Rap “Melo” da Setusa, que fazia referência ao transporte coletivo da cidade. O grupo Hip-Hop Dance, formado por Valmir, Fábio Palmeira e Dinarte, uniu a dança break com o Rap, contribuindo para a expansão e diversificação do movimento na cidade.

Hip=Hop na Paraíba

O movimento Hip-Hop no Nordeste brasileiro é um testemunho da capacidade de absorção e adaptação da cultura Hip-Hop a contextos regionais diversos. Desde seus primórdios na dança break até a expansão do Rap, o Hip-Hop nordestino incorporou elementos das tradições culturais locais, enriquecendo sua expressão artística. Grupos pioneiros em João Pessoa, como o Hip-Hop Dance, desempenharam um papel crucial na disseminação do movimento e na fusão da dança com o Rap. O Hip-Hop no Nordeste é um exemplo de como a cultura é dinâmica e está em constante evolução, adaptando-se às influências locais e contribuindo para a diversidade cultural do Brasil.

Falaremos da história do movimento Hip-Hop em João Pessoa, na Paraíba, destacando o período que se estendeu do final dos anos 1980 até o início do século XXI. Nesse intervalo de tempo, o Hip-Hop na cidade passou por uma série de desafios, superações e evoluções, que moldaram a cena local. Vamos examinar como os espaços de encontro foram ocupados, como a cultura Hip-Hop se diversificou e se expandiu, e como alguns pioneiros e grupos desempenharam papéis cruciais na consolidação desse movimento.

A Ocupação de Espaços e o Centro de Convenções do Espaço Cultural

Nos anos 1980, os adeptos do Hip-Hop em João Pessoa ocuparam diversos espaços na cidade para suas atividades. Isso incluiu apresentações em praças e centros comunitários, com destaque para Mangabeira. No entanto, o local que se tornou o ponto central do Hip-Hop na cidade foi o Centro de Convenções do Espaço Cultural. Esse espaço se consolidou como um ponto de encontro e articulação do movimento, onde foram realizados estudos, aulas de dança e estimulada a composição de Rap e a Discotecagem.

A Proibição e o Preconceito

Apesar dos avanços, após dois anos de atividades no Centro de Convenções, o Hip-Hop em João Pessoa enfrentou preconceito e restrições. Alegando que estava atraindo “todo tipo de gente” e promovendo desordem, a direção do local proibiu os encontros da juventude Hip-Hop. Esse episódio ilustra os desafios enfrentados pelo movimento, especialmente em relação às percepções negativas associadas à cultura de rua e periférica.

A Emergência da Tribo Ethnos e a Diversificação do Movimento

Em 1990, o movimento de Hip-Hop em João Pessoa deu um passo significativo com a criação da Tribo Ethnos por Valmir, um B-Boy. Esse grupo expandiu o movimento ao incorporar não apenas a dança, mas também a música, a literatura e o desenho. Esse momento marcou a abertura do movimento para diversas vertentes e possibilidades expressivas, demonstrando sua diversidade e adaptabilidade.

A Primeira Geração do Hip-Hop de João Pessoa

Nesse contexto, o movimento Hip-Hop de João Pessoa passou por um período de crescimento e consolidação. O surgimento do grupo Justa Causa, com o rapper Cassiano Pedra como vocalista, é um exemplo desse momento histórico. Esse grupo desempenhou um papel crucial na afirmação do Hip-Hop na cidade, sendo conhecido como a primeira geração do Hip-Hop de João Pessoa.

A Consciência Racial e a Segunda Geração do Hip-Hop

O rapper Alê da Guerra Santos trouxe à tona a temática racial em suas composições, inspirando-se nos movimentos negros norte-americanos, como os Panteras Negras e o Black Power. Suas letras e músicas refletem sua jornada pessoal em busca de identidade e consciência racial. O Hip-Hop se tornou um veículo para a expressão dessas questões e para a promoção da consciência social e negra.

O Apogeu do Movimento nos Anos 2000

No início do século XXI, a cena de Hip-Hop em João Pessoa continuou a se expandir. Diversos grupos surgiram na cidade, ampliando ainda mais a diversidade do movimento. Eventos como o II Encontro Nordestino de Hip-Hop, realizado em 2007, e o Rap&Rep, em 2007, marcaram o apogeu do movimento, fortalecendo a cultura urbana periférica nordestina.

Evolução

A evolução do Hip-Hop em João Pessoa é uma história de superação de desafios, diversificação cultural e promoção da consciência social e racial. O movimento enfrentou preconceitos e restrições, mas perseverou e se expandiu, tornando-se uma parte fundamental da cena cultural da cidade. Pioneiros como Valmir, Pertnaz, Cassiano Pedra e Alê da Guerra Santos desempenharam papéis cruciais na afirmação do Hip-Hop na cidade. O século XXI trouxe um apogeu do movimento, consolidando-o como uma voz importante da juventude negra e periférica de João Pessoa.

Pernambuco

A influência do movimento Mangue Beat na cultura Hip-Hop do Recife, destacando como a cidade, conhecida por sua diversidade cultural e paisagens exuberantes, viu surgir e florescer esses dois movimentos artísticos que se tornaram representativos em sua cena cultural. Vamos explorar como o Recife, uma cidade de contrastes, assimilou o Hip-Hop e como a figura da ponte, mencionada por Josué de Castro, funciona metaforicamente como um elo entre as diversas expressões culturais e as várias “ilhas” que compõem a cidade.

O Recife e sua Diversidade Cultural

O Recife, historicamente um ponto de passagem para Olinda, capital da “Nova Lusitânia,” é uma cidade de contrastes e diversidade cultural. Josué de Castro descreve a cidade como um cenário diversificado, onde casas de diferentes estilos e cores contrastantes se mesclam, criando uma fisionomia complexa e única. O ar e o solo da cidade, impregnados pelos rios Capibaribe e Beberibe, conferem-lhe uma atmosfera distinta, tornando-a uma “cidade de paisagem doce, em pleno Nordeste adusto.”

O Hip-Hop e o Recife

O movimento Hip-Hop chegou ao Recife nos anos 1980, seguindo padrões observados em várias outras cidades do mundo. O filme “Beat Street,” que retratou a realidade dos subúrbios de Nova Iorque, teve um impacto significativo em jovens de periferia, como o DJ Antônio Mariano, conhecido como Toinho na época. Esse filme o inspirou a iniciar sua jornada no Hip-Hop, como forma de expressar o repúdio à violência através da dança, música e pintura.

A Cultura Hip-Hop como um Elemento de Unificação

No Recife, uma cidade caracterizada pela diversidade cultural e inúmeras “ilhas,” a cultura Hip-Hop desempenhou um papel importante na promoção do diálogo entre a tradição e a contemporaneidade. A figura da ponte, que conecta essas diferentes “ilhas,” tornou-se um símbolo tanto real quanto metafórico da cidade. O Hip-Hop, com sua ênfase na mobilidade e expressão, proporcionou um sentido de unificação a essa paisagem cultural diversificada.

A Influência do Mangue Beat

O movimento Mangue Beat, liderado por Chico Science e Nação Zumbi, também desempenhou um papel fundamental na cena cultural do Recife. O Mangue Beat, uma fusão de diferentes gêneros musicais, como o maracatu e o rock, refletia a diversidade da cidade e sua resistência à cultura mainstream. Essa influência se estendeu ao Hip-Hop, criando um ambiente propício para a experimentação e a fusão de estilos.

A Conexão entre o Mangue Beat e o Hip-Hop

Chico Science e Nação Zumbi não apenas abraçaram elementos da cultura local, como o coco de embolada, mas também se aproximaram do Hip-Hop. O Hip-Hop chegou ao Recife nos anos 1980, inspirando jovens como o DJ Antônio Mariano (Toinho) a adotar a cultura Hip-Hop como forma de expressão artística e resistência à violência. Chico Science incorporou elementos da cultura Hip-Hop em sua música, sugerindo uma fusão entre o Hip-Hop e a cantoria de pandeiro.

O Mangue Beat e a Academia

O Mangue Beat despertou um interesse significativo na academia, tornando-se um tema de estudo em várias disciplinas. Herom Vargas, doutor em musicologia, explorou as composições da Nação Zumbi, destacando como o movimento misturou elementos da música tradicional com a cultura pop globalizada.

A Relação entre o Mangue Beat e Ariano Suassuna

Houve debates sobre a relação entre o Mangue Beat e o movimento armorial de Ariano Suassuna. Embora ambos tenham valorizado elementos da cultura regional, o Mangue Beat abraçou a modernização tecnológica e a cultura pop global, enquanto o armorial tinha uma abordagem mais erudita e tradicional.

O Mangue Beat como Tema Literário

O movimento Mangue Beat também influenciou a literatura, com autores explorando suas temáticas e estilos. A obra de Chico Science e Nação Zumbi foi comparada ao modernismo antropofágico, destacando a conexão entre os dois movimentos.

Fusão de Culturas

O Mangue Beat, liderado por Chico Science e Nação Zumbi, representa uma fusão única de culturas e influências musicais. Sua influência se estendeu além da música e se tornou um tema de estudo significativo na academia, demonstrando como a cultura popular pode desempenhar um papel fundamental na compreensão da identidade e da diversidade cultural. O movimento Mangue Beat continua a ser uma parte importante da história cultural do Recife e do Brasil.

Agradecimento

Ao longo deste texto, foram discutidos aspectos relevantes abordados no estudo de Valmir Alcântara Alves, que proporcionou uma análise profunda da cultura Hip-Hop e suas práticas educativas, especialmente na Paraíba. O referido estudo explorou a conexão entre o Rap e a juventude negra na região, destacando a importância do Rap como uma ferramenta de transformação social, a interseção entre o Rap e a poesia nordestina tradicional, e o poder do Rap como uma “voz” da periferia. A pesquisa também ressaltou o valor da cultura Hip-Hop na construção da identidade e na luta contra a exclusão social enfrentada pela juventude negra.

Agradecemos ao autor, Valmir Alcântara Alves, pelo seu trabalho valioso e pelas contribuições significativas para a compreensão da cultura Hip-Hop e suas implicações educacionais, bem como por inspirar discussões e reflexões sobre a importância dessa manifestação artística na vida da juventude negra na região nordestina do Brasil.

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